sábado, 29 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 427

“Façam e cumpram tudo o que dizem, mas não os imitem, já que eles ensinam e não cumprem.” Mt 23,3

No Evangelho deste domingo, Jesus continua fazendo uma crítica severa aos “mestres da Lei” e aos “Fariseus”. Nós podemos pensar que como não somos fariseus, isto não nos toca. Contudo, creio que neles se concretiza uma tentação presente em todos os seres humanos, a saber: querer exigir dos demais o que nós não estamos dispostos a fazer. Por isso, meditar estas palavras pensando que Jesus as disse também para nós pode nos ajudar em nosso caminho fé.

A primeira coisa que me chama atenção é que Jesus não desautoriza a pregação deles. Jesus nos diz: “Não escutem aos fariseus, porque eles são incoerentes”. Jesus reconhece que o que dizem é justo e por isso afirma: “Façam e cumpram tudo o que eles dizem”.

Muitas vezes nós não queremos escutar o que nos diz uma pessoa, ou uma correção que alguém nos faça, porque tal pessoa tem também muitos defeitos. Isto não é justo, segundo Jesus. Ainda que alguém seja muito pecador, pode nos indicar o caminho justo. Devemos avaliar o que nos diz não por sua vida, mas segundo o Evangelho. Deus se usa de instrumentos às vezes muito imperfeitos para realizar sua obra: somos vasos de barro que levamos seu bom perfume. É um comportamento infantil dizer que eu não faço o que este me diz, porque ele não o cumpre. Nosso compromisso é com Deus, não com a vida dos pregadores. “Façam e cumpram tudo o que dizem”.

A crítica de Jesus aos fariseus foi feita não pelo conteúdo de sua pregação, mas pelo desinteresse de coloca-la em prática. Eles se acreditavam perfeitos. Pensavam que sua missão era somente corrigir aos demais, mas que em suas vida já eram impecáveis. Aqui está o problema.

Eu não creio em una frase muito comum de nossos dias, que diz: “só se deve pregar o que se vive, caso contrário somos incoerentes”. Não creio que o critério para a pregação seja a vida do pregador, pois assim minha pregação será muito pobre, porque sou muito limitado. O critério é o Evangelho. É a vida de Jesus Cristo. Isto é o que tenho que pregar. Ele é o modelo. E como a Palavra de Deus é como una faca de dois gumes, isto é, corta tanto quando vai, como quando volta, tanto quem escuta a pregação como quem a faz deve ser penetrado por esta faca, ou seja, também o pregador deve ser capaz de se deixar questionar pela Palavra e buscar a cada dia melhorar sua vida.

Para Jesus não é um problema que preguemos mais do que vivemos, desde que nos reconheçamos neste processo de conversão.

O problema não é a pregação, mas exigir dos demais o que eu não faço. Pregar a verdade integralmente é minha missão, ainda que muitas coisas me custem viver, o que não posso fazer é cobrar dos demais, o que eu não vivo. Este era o problema dos fariseus: eles julgavam aos demais sem olhar para si mesmos. Colocavam fardos nos outros que eles nem pensavam carregar. Isto é realmente incoerência e hipocrisia.

Muitos santos nos ensinam que o bom cristão é aquele que exige muito de si mesmo, mas com os demais é sempre cheio de misericórdia.

Que Deus nos ajude a viver autenticamente sua mensagem, mesmo quando os pregadores deixem a desejar com seus exemplos. Que Deus abençoe nossos pregadores, dando muita luz para que nos anunciem a Palavra e que possam buscar viver a cada dia melhor o que pregam.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mario, capuchinho.

sábado, 22 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 426

“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Mt 22,36

O Evangelho deste domingo nos apresenta de novo uma pergunta feita pelos fariseus que continuam querendo colocar Jesus a prova. Eles desejam que Ele caia em contradição o que diga algo contrário a Lei de Moises para que possam acusá-lo e matá-lo.

A intenção dos fariseus nos manifesta que essa pergunta, em si mesma boa e interessante, na verdade quer ser um armadilha para fazer Jesus cair. Isto nos faz pensar que podem existir muitos motivos diversos pelos quais nós podemos fazer uma pergunta.

Podemos fazer uma pergunta como um médico, onde a justa resposta será um bem para o próprio paciente. Podemos fazer uma pergunta como um professor em dia de exame, querendo somente saber se o aluno é capaz de dar a resposta justa. Podemos perguntar como um advogado no tribunal, que quer ou fazer a testemunha cair em contradição ou colaborar com um sua acusação. Podemos fazer uma pergunta somente por curiosidade, para controlar melhor os demais. Podemos fazer uma pergunta como um político, pensando em tirar proveito e manipular a resposta. Podemos fazer uma pergunta como um inimigo querendo colocar a pessoa em má situação. Podemos fazer uma pergunta como um amigo que se interessa pela vida e o pensamento do outro. E por suposto, podemos fazer perguntas como um discípulo, isto é, como um que quer conhecer melhor a proposta para poder viver mais profundamente sua fé.

Como sacerdote, já encontrei muitas pessoas que me queriam fazer perguntas sobre a fé, sobre a vocação, sobre a relação com Deus e sobre a vida eclesial, mas na verdade poucas tinham a motivação de um discípulo. Alguns somente queriam escutar uma resposta que confirmava o seu preconceito, e ainda que eu tentasse dar uma resposta diferente, eles não eram capazes de escutar. Outros somente queriam me colocar em ridículo diante dos demais com perguntas capciosas e maldosas. Outros queriam poder manipular minhas palavras ou meus raciocínios para que tudo ficasse a favor deles. Outros queriam demonstrar que a fé é uma coisa ingênua e insustentável e que a Igreja é antiquada e retrograda. Diante dessas manipulações do diálogo, as vezes não sabemos se é útil ou não responder.

Seguramente, sabemos que não serve a nada falar dos demais se não somos capazes de olhar para nós mesmos. Também nós muitas vezes fazemos muitas perguntas sobre estes assuntos espirituais, porém devemos verificar qual é a nossa intenção. Quando perguntamos alguma coisa a Deus, devemos de verdade desejar sua resposta e estar dispostos a transformar com ela nossa visa. Deus, quando descobre que nossa pergunta nasce de um coração que quer ser discípulo, que quer descobrir um modo de viver mais intensamente, que esta procurando crescer na fé e encontrar novos modos de expressá-la, então nos responde dando-nos o dom do seu Espírito.

Infelizmente esse não era o caso dos fariseus. Eles somente queriam colocar Jesus a prova . A resposta exata de Jesus sobre a centralidade do amor na Lei de Deus, não mudou e nada a vida superficial deles.

Também nós seremos como os fariseus, se esse domingo sairmos da Igreja sem haver feito o propósito de nas nossas vidas amar concretamente a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não basta saber que esse é o mandamento mais importante se eu não o ponho em prática. Sem duvidas é importante saber, mas isto ainda não é nada. É importante saber a receita da torta para poder fazê-la, mas ninguém é um bom confeiteiro somente por saber a receita, se nunca fez de verdade uma boa torta.

Senhor, ensina-me a saber perguntar as coisa como um discípulo, querendo sinceramente conhecer a resposta para com ela conformar minha vida. Porém, Deus não permitas que eu conheça as coisas somente intelectualmente. Não permitas que eu saiba claramente quais são as verdades centrais da minha fé sem que as pratique. Eu sei que a coerência total é muito difícil, mas sei também que com tua graça podes aproximar-me sempre mais daquele que é o meu ideal. Ensina-me não somente a saber que devo amar, mas ajuda-me a amar de verdade.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

domingo, 16 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 425

“Dêem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Mt 22,21.

Quantas vezes já escutamos ou dissemos esta frase em muitas situações diferentes de nossa vida. Ela é uma dessas formulações magistrais de Jesus. Até mesmo os que queriam colocá-lo à prova ficaram maravilhados com sua resposta. Mais além das razões sócio-políticas que levaram Jesus a proclamar essa máxima, deixando todos contentes, queremos meditar sobre seu sentido em nossa vida atual. Ao tempo de Jesus ficaram contentes tanto os que acreditavam que se deveria pagar fielmente os impostos ao Império Romano pois efetivamente a moeda corrente tinha a marca de César, quanto aqueles que acreditavam que o povo de Israel , libertado por Deus do Egito, devia um tributo pela terra e a produção somente a Deus, sem dever pagar nada ao império estrangeiro.

Certamente, é tarefa de cada um poder verificar que coisas são de César e que coisas são de Deus em nossas vidas. Jesus hoje nos ensina que temos que saber discernir, temos que conhecer as coisas para poder saber quais são de Deus e quais são do mundo.

De fato esse é um grande problema na vida de muita gente atualmente: não sabem o que devem dar a Deus e nem o que devem dar ao mundo.

Todos vivemos numa realidade social: uma cidade, um país, um governo e não podemos estar alheios a todas essas coisas... devemos interessar-nos, devemos colaborar ao justo progresso da humanidade. Todos nós temos coisas que pertencem a “César” e devemos prestar contas a ele. Negar isso seria uma grande alienação. A sociedade civil, a política, o mundo da cultura, a ecologia, as finanças ... necessitam também de nossa colaboração e participação. Enquanto vivemos nesse mundo, não podemos esquivar-nos de nossas obrigações para com ele, e muito menos com a justificativa que somos pessoas espirituais e não nos interessa o material. Enquanto não vivermos sem comer, sem estar na sociedade, sem utilizar os bens públicos, não podemos simplesmente “lavar as mãos” e dizer: isto não me interessa! O que temos que aprender é o modo cristão de colaborar para o bem do mundo, mas não podemos deixar de dar a parte que corresponde a “César”, Deus não quer receber o que é de “César”. Por isso, todos os cristãos tem a obrigação moral de colaborar para o bem do mundo: interessando-se pela vida política, ajudando no projeto de conservação da natureza, participando nas associações, iluminando os legisladores para que aprovem leis justas ...

As vezes me parece que tem muitos cristãos que se esquecem disto, o que é muito triste, pois nossa vocação fica mutilada.

Por outro lado, também é verdade que infelizmente muitas pessoas se esquecem completamente que nem tudo pode ser dado a “César”. Existem muitos que vivem somente nas coisas do mundo e consumam toda a vida com a política, com as associações, com a cultura, com o trabalho, com as contas... e alguns até mesmo somente com as coisas fúteis e completamente transitórias. Ninguém deveria esquecer-se que nossa vida humana é muito mais que estas coisas mundanas. O homem perde o sentido da vida quando começa a dar a “César” tudo o que tem, isto é, até mesmo as coisas que são de Deus: nosso louvor, nossa capacidade de amar, nossa vocação, nossa escuta...

Existem pessoas que glorificam a homens, atores, cantores, políticos... correm atrás, os imitam, lhes obedecem, lhes defendem como se fossem deuses, e dão a eles o que somente a Deus pertence. Isto é um grande equívoco: pois eles se transformam em ídolos e os ídolos sempre contaminam e destroem nossas vidas.

Existem pessoas que gastam todo o seu tempo, sua inteligência, suas capacidades somente com coisas do mundo e ao final ainda que muito cansadas estão vazias, pois se dissipam em coisas insignificantes.

Hoje cada um de nós deve perguntar-se: Eu estou dando a César o que é César e a Deus o que é Deus?

Qual poderia ser um critério para não deixar Deus sem a sua parte? Bom, os consagrados decidiram dar a maior parte de suas vidas a Deus, ainda que não devem se esquecer de um mínimo indispensável que também devem dar a “César”. Para os demais cristãos, os leigos, creio que um bom critério é aquele que encontramos na Bíblia: o dízimo, isto é, a décima parte. Todos os que estão no mundo, devem consagrar a Deus ao menos dez por cento de todas as coisas da vida. Ou seja: não somente dez por cento do salário deveria ser destinado para a caridade, para as obras da Igreja, para a evangelização, mas também pelo menos 10% do tempo deve ser destinado a oração, para ir a Igreja, para participar de um grupo eclesial, para estudar a bíblia, para visitar os enfermos, para fazer voluntariado... pelo menos 10% da inteligência deve ser destinada para fazer crescer as obras de Deus ... pelo menos 10% das energias físicas devem ser consumadas no serviço aos demais ... pelo menos 10% de nossa capacidade de amar, devemos dar para aqueles que não são nossos parentes e amigos, isto é, para os pobres, os enfermos, os marginalizados ...

Se fazemos isto, tenho certeza que nossas vidas se transformarão radicalmente. Deus não exige que todos dêem a Ele toda a vida, mas é muito ciumento do seu dizimo: não dar a Deus ao menos 10% de tudo o que temos e somos, é roubar Deus, e por incrível que pareça os únicos prejudicados com esse roubo somos nós mesmos. São esses 10% que darão sentido a nossa vida, que nos permitirão de saber que não somos escravos de “César”.

Ah, meu Deus, ensina-me em primeiro lugar a saber o que é de César e o que é de Deus e dá-me a generosidade de dar a César o que é lhe pertence e a Deus a sua parte.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

domingo, 9 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 424

“O rei entrou depois entrou para ver os que estavam sentado a mesa, e fixou num homem que não estava vestido com traje de festa. E lhe disse: Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa? Mas o outro ficou calado. Então o rei disse aos seus servidores: Amarrem suas mãos e seus pés e joguem-no fora nas trevas onde existe somente pranto e ranger de dentes.” Mt 22,11-13.

O Evangelho que este domingo a Igreja nos presenteia é muito significativo e tem um profundo ensinamento para todos nós. Seguramente já escutamos muitas vezes: é a parábola do banquete nupcial do filho do Rei.

Na verdade, a aliança de Deus com o povo de Israel sempre foi comparada com um matrimônio, entre Deus e o seu povo. O ponto alto desse encontro, desse casamento, deveria acontecer com a vinda de Jesus neste mundo. Mas, os judeus em geral não o reconheceram como o messias, como o salvador, como o Filho de Deus, e se recusaram a participar da festa de bodas. Então, Deus diante desta recusa abriu a festa para todas as pessoas de todas as raças, povos, línguas e nações, sem importar a condição social e sem fazer caso do passado, para que com essa gente formasse um novo povo, uma digna esposa para seu Filho: a Igreja. Os missionários de Cristo, são os que vão a todos os lugares e anunciam que Deus está convidando a todas as pessoas para uma aliança, um matrimônio, uma grande e interminável festa.

Porém, nós vimos que quando o rei chega para o banquete percebe que uma pessoa está sem o vestido de festa, o interroga, ele fica calado, e então, o rei o joga fora – não lhe deixa participar da festa, pois não tem o vestido para a ocasião.

Quando eu era menor, para mim era muito estranha essa atitude do rei, me parecia exagerado expulsar alguém somente porque não tinha o vestido adequado. Para compreender isto no modo correto é necessário entender o sentido simbólico do vestido de festa.

O rei pediu a seus empregados que convidassem todos os que encontrassem pelos caminhos, isto é, pobres, estrangeiros, empregados, vendedores, prostitutas, ambulantes, crianças, deficientes ... todos os que estavam ali. Sem exceção, todos os que queriam participar dessa festa: isto é, da Igreja eram convidados. Nenhum era discriminado, era necessário aceitar o convite. Não era importante o passado, mas sim o futuro.

Todos os que aceitavam eram acolhidos e os empregados os preparavam para compreender o que significava participar destas bodas: isto é, esposar-se com Cristo Jesus, o Filho do Rei:

O primeiro era renunciar ao mal, ao pecado, a estar sob o domínio de Satanás, isto é, deveriam abandonar a vida de antes, para viver uma nova vida: a vida de esposado com Deus;

O segundo era aceitar que Jesus era o messias: o filho de Deus, Emanuel, Deus-conosco.

Tendo essas duas coisas: os convidados deveriam ser lavados, isto é batizados, na força do sangue do Cordeiro, para que todos os seus pecados, todas suas dívidas, todas as impurezas, fossem gratuitamente perdoados, pagados e purificados. Era o próprio Esposo que assumia e pagava com o preço de seu sangue, todas as contas de seus convidados. Não importava que antes foram prostitutas, adúlteros, ladrões, idólatras, assassinos, maus.. com a graça do batismo, cada um recebia um vestido branco, o vestido de festa, que significava ser revestido do Espírito Santo.

Este vestido deveria ser conservado sempre limpo, e isto se faz: evitando o pecado.

Existem dois tipos de pecado: os ligeiros ou cotidianos,dos quais não nos livramos nunca completamente, isto é, ainda que os devemos evitar, não se consegue jamais evitá-los totalmente, então necessitamos purificar-nos cada dia com a oração do Senhor: o Pai nosso, que santo Agostinho chamava de batismo cotidiano, e também com algum sacrifícios e com a caridade: as esmolas. Existem os pecados graves ou mortais, que destroem em nós a graça do batismo, isto é, nos fazem perder a veste nupcial, nossa roupa de festa. Estes são os pecados que os cristãos devem evitar com todas as forças, pois eles nos fazem de novo escravos do inimigo.

Agora sim, podemos entender qual é o problema daquele homem que estava sem o traje de festa. Ou era um que não havia feito a preparação para a festa, isto é, que não havia querido renunciar ao mal, ser lavado no batismo e receber a veste nupcial, ou então, era um que a havia perdido, porque retornou a sua vida anterior, isto é, ao pecado, ao domínio de Satanás.

E quando alguém perde a sua graça batismal, já está condenado? Não poderá mais participar na festa? Não! Deus nos dá sempre uma nova oportunidade. Ele nos deixou o sacramento da penitência e reconciliação. Este sacramento, quando o vivemos como um autêntico arrependimento, nos devolve a graça batismal, isto é, nos doa de novo o vestido de festa.

Então, o problema desse homem não era somente o não ter o traje, mas também o ficar calado diante da pergunta: Como entraste aqui sem o traje de festa?

Se ele tivesse confessado, com uma sincera contrição de ter perdido e pedisse por misericórdia de receber outro, seguramente teria participado da festa. Foi seu pecado revestido de orgulho ou maldade que não lhe deram alternativa: foi atado e jogado fora nas trevas.

Seguramente todos hoje devemos perguntar-nos: como está meu traje de festa? O tenho ainda? Ou necessito revestir-me de novo. O certo é que sem este vestido não podemos entrar na festa.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.