domingo, 6 de novembro de 2011

Gotas de Paz - 428

“Estejam vigilantes porque não sabeis o dia e nem a hora”. Mt 25, 13

Queridos irmãos, a igreja começa a nos preparar para o final do ano litúrgico e neste domingo nos apresenta a parábola das dez virgens.

A mensagem principal se resume na última frase: estejam sempre preparados, para não serem tomados de surpresa...

A igreja aproveita este clima de finalização do ano litúrgico para nos ajudar a pensar na finalização de nossa vida terrena e, como recentemente celebramos o dia de finados, penso que este tema esteja muito fresco em nossas mentes.

Não é o interesse de Jesus Cristo ou da Igreja, semear o medo em nossas vidas. Todos sabemos que uma conversão motivada pelo medo é superficial e infrutífera. O que Deus quer é nos ajudar a manter uma constância em nossa vivência cristã, a fim de que possamos superar todas as provas que continuamente nos chegam de surpresa.

Não devemos nos esquecer jamais de que somos cidadãos do céu e nossa vida neste mundo é uma escola passageira, onde temos a oportunidade de nos treinar nos valores que se exige para poder entrar na festa eterna.

Cada dia de nossa existência neste mundo deve ser marcado pelo crescimento. Somos convidados a nos humanizarmos sempre mais. A perseverança é fundamental. É necessário combater diariamente com o egoísmo, a inveja, a preguiça... e as demais tendências que temos e que desfiguram nosso ser. A cada dia devemos progredir na caridade, no perdão, na amizade, na fidelidade...

Estas são coisas que não podemos descuidar nem mesmo um só dia. Todos sabemos que para destruir uma construção feita com muito trabalho e esforço, basta uma bomba e alguns segundos. Mas para reconstruir sobre os escombros é ainda mais difícil.

Alguém poderia dizer que é muito difícil ter esta perseverança. E eu creio que seja verdade: é certo que as tentações são muitas e que nossas debilidades se fazem sentir. Mas eu creio também que é a vida de oração, a participação aos sacramentos, especialmente a eucaristia e a confissão, que nos pode recarregar sempre mais, fazendo-nos ter sempre em reserva o óleo que nos permite manter nossas lâmpadas sempre acesas.

Senhor Jesus, desperta nossos corações para a fidelidade em teu caminho, ajuda-nos a estar sempre preparados.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mario, capuchinho.

sábado, 29 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 427

“Façam e cumpram tudo o que dizem, mas não os imitem, já que eles ensinam e não cumprem.” Mt 23,3

No Evangelho deste domingo, Jesus continua fazendo uma crítica severa aos “mestres da Lei” e aos “Fariseus”. Nós podemos pensar que como não somos fariseus, isto não nos toca. Contudo, creio que neles se concretiza uma tentação presente em todos os seres humanos, a saber: querer exigir dos demais o que nós não estamos dispostos a fazer. Por isso, meditar estas palavras pensando que Jesus as disse também para nós pode nos ajudar em nosso caminho fé.

A primeira coisa que me chama atenção é que Jesus não desautoriza a pregação deles. Jesus nos diz: “Não escutem aos fariseus, porque eles são incoerentes”. Jesus reconhece que o que dizem é justo e por isso afirma: “Façam e cumpram tudo o que eles dizem”.

Muitas vezes nós não queremos escutar o que nos diz uma pessoa, ou uma correção que alguém nos faça, porque tal pessoa tem também muitos defeitos. Isto não é justo, segundo Jesus. Ainda que alguém seja muito pecador, pode nos indicar o caminho justo. Devemos avaliar o que nos diz não por sua vida, mas segundo o Evangelho. Deus se usa de instrumentos às vezes muito imperfeitos para realizar sua obra: somos vasos de barro que levamos seu bom perfume. É um comportamento infantil dizer que eu não faço o que este me diz, porque ele não o cumpre. Nosso compromisso é com Deus, não com a vida dos pregadores. “Façam e cumpram tudo o que dizem”.

A crítica de Jesus aos fariseus foi feita não pelo conteúdo de sua pregação, mas pelo desinteresse de coloca-la em prática. Eles se acreditavam perfeitos. Pensavam que sua missão era somente corrigir aos demais, mas que em suas vida já eram impecáveis. Aqui está o problema.

Eu não creio em una frase muito comum de nossos dias, que diz: “só se deve pregar o que se vive, caso contrário somos incoerentes”. Não creio que o critério para a pregação seja a vida do pregador, pois assim minha pregação será muito pobre, porque sou muito limitado. O critério é o Evangelho. É a vida de Jesus Cristo. Isto é o que tenho que pregar. Ele é o modelo. E como a Palavra de Deus é como una faca de dois gumes, isto é, corta tanto quando vai, como quando volta, tanto quem escuta a pregação como quem a faz deve ser penetrado por esta faca, ou seja, também o pregador deve ser capaz de se deixar questionar pela Palavra e buscar a cada dia melhorar sua vida.

Para Jesus não é um problema que preguemos mais do que vivemos, desde que nos reconheçamos neste processo de conversão.

O problema não é a pregação, mas exigir dos demais o que eu não faço. Pregar a verdade integralmente é minha missão, ainda que muitas coisas me custem viver, o que não posso fazer é cobrar dos demais, o que eu não vivo. Este era o problema dos fariseus: eles julgavam aos demais sem olhar para si mesmos. Colocavam fardos nos outros que eles nem pensavam carregar. Isto é realmente incoerência e hipocrisia.

Muitos santos nos ensinam que o bom cristão é aquele que exige muito de si mesmo, mas com os demais é sempre cheio de misericórdia.

Que Deus nos ajude a viver autenticamente sua mensagem, mesmo quando os pregadores deixem a desejar com seus exemplos. Que Deus abençoe nossos pregadores, dando muita luz para que nos anunciem a Palavra e que possam buscar viver a cada dia melhor o que pregam.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mario, capuchinho.

sábado, 22 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 426

“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Mt 22,36

O Evangelho deste domingo nos apresenta de novo uma pergunta feita pelos fariseus que continuam querendo colocar Jesus a prova. Eles desejam que Ele caia em contradição o que diga algo contrário a Lei de Moises para que possam acusá-lo e matá-lo.

A intenção dos fariseus nos manifesta que essa pergunta, em si mesma boa e interessante, na verdade quer ser um armadilha para fazer Jesus cair. Isto nos faz pensar que podem existir muitos motivos diversos pelos quais nós podemos fazer uma pergunta.

Podemos fazer uma pergunta como um médico, onde a justa resposta será um bem para o próprio paciente. Podemos fazer uma pergunta como um professor em dia de exame, querendo somente saber se o aluno é capaz de dar a resposta justa. Podemos perguntar como um advogado no tribunal, que quer ou fazer a testemunha cair em contradição ou colaborar com um sua acusação. Podemos fazer uma pergunta somente por curiosidade, para controlar melhor os demais. Podemos fazer uma pergunta como um político, pensando em tirar proveito e manipular a resposta. Podemos fazer uma pergunta como um inimigo querendo colocar a pessoa em má situação. Podemos fazer uma pergunta como um amigo que se interessa pela vida e o pensamento do outro. E por suposto, podemos fazer perguntas como um discípulo, isto é, como um que quer conhecer melhor a proposta para poder viver mais profundamente sua fé.

Como sacerdote, já encontrei muitas pessoas que me queriam fazer perguntas sobre a fé, sobre a vocação, sobre a relação com Deus e sobre a vida eclesial, mas na verdade poucas tinham a motivação de um discípulo. Alguns somente queriam escutar uma resposta que confirmava o seu preconceito, e ainda que eu tentasse dar uma resposta diferente, eles não eram capazes de escutar. Outros somente queriam me colocar em ridículo diante dos demais com perguntas capciosas e maldosas. Outros queriam poder manipular minhas palavras ou meus raciocínios para que tudo ficasse a favor deles. Outros queriam demonstrar que a fé é uma coisa ingênua e insustentável e que a Igreja é antiquada e retrograda. Diante dessas manipulações do diálogo, as vezes não sabemos se é útil ou não responder.

Seguramente, sabemos que não serve a nada falar dos demais se não somos capazes de olhar para nós mesmos. Também nós muitas vezes fazemos muitas perguntas sobre estes assuntos espirituais, porém devemos verificar qual é a nossa intenção. Quando perguntamos alguma coisa a Deus, devemos de verdade desejar sua resposta e estar dispostos a transformar com ela nossa visa. Deus, quando descobre que nossa pergunta nasce de um coração que quer ser discípulo, que quer descobrir um modo de viver mais intensamente, que esta procurando crescer na fé e encontrar novos modos de expressá-la, então nos responde dando-nos o dom do seu Espírito.

Infelizmente esse não era o caso dos fariseus. Eles somente queriam colocar Jesus a prova . A resposta exata de Jesus sobre a centralidade do amor na Lei de Deus, não mudou e nada a vida superficial deles.

Também nós seremos como os fariseus, se esse domingo sairmos da Igreja sem haver feito o propósito de nas nossas vidas amar concretamente a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não basta saber que esse é o mandamento mais importante se eu não o ponho em prática. Sem duvidas é importante saber, mas isto ainda não é nada. É importante saber a receita da torta para poder fazê-la, mas ninguém é um bom confeiteiro somente por saber a receita, se nunca fez de verdade uma boa torta.

Senhor, ensina-me a saber perguntar as coisa como um discípulo, querendo sinceramente conhecer a resposta para com ela conformar minha vida. Porém, Deus não permitas que eu conheça as coisas somente intelectualmente. Não permitas que eu saiba claramente quais são as verdades centrais da minha fé sem que as pratique. Eu sei que a coerência total é muito difícil, mas sei também que com tua graça podes aproximar-me sempre mais daquele que é o meu ideal. Ensina-me não somente a saber que devo amar, mas ajuda-me a amar de verdade.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

domingo, 16 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 425

“Dêem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Mt 22,21.

Quantas vezes já escutamos ou dissemos esta frase em muitas situações diferentes de nossa vida. Ela é uma dessas formulações magistrais de Jesus. Até mesmo os que queriam colocá-lo à prova ficaram maravilhados com sua resposta. Mais além das razões sócio-políticas que levaram Jesus a proclamar essa máxima, deixando todos contentes, queremos meditar sobre seu sentido em nossa vida atual. Ao tempo de Jesus ficaram contentes tanto os que acreditavam que se deveria pagar fielmente os impostos ao Império Romano pois efetivamente a moeda corrente tinha a marca de César, quanto aqueles que acreditavam que o povo de Israel , libertado por Deus do Egito, devia um tributo pela terra e a produção somente a Deus, sem dever pagar nada ao império estrangeiro.

Certamente, é tarefa de cada um poder verificar que coisas são de César e que coisas são de Deus em nossas vidas. Jesus hoje nos ensina que temos que saber discernir, temos que conhecer as coisas para poder saber quais são de Deus e quais são do mundo.

De fato esse é um grande problema na vida de muita gente atualmente: não sabem o que devem dar a Deus e nem o que devem dar ao mundo.

Todos vivemos numa realidade social: uma cidade, um país, um governo e não podemos estar alheios a todas essas coisas... devemos interessar-nos, devemos colaborar ao justo progresso da humanidade. Todos nós temos coisas que pertencem a “César” e devemos prestar contas a ele. Negar isso seria uma grande alienação. A sociedade civil, a política, o mundo da cultura, a ecologia, as finanças ... necessitam também de nossa colaboração e participação. Enquanto vivemos nesse mundo, não podemos esquivar-nos de nossas obrigações para com ele, e muito menos com a justificativa que somos pessoas espirituais e não nos interessa o material. Enquanto não vivermos sem comer, sem estar na sociedade, sem utilizar os bens públicos, não podemos simplesmente “lavar as mãos” e dizer: isto não me interessa! O que temos que aprender é o modo cristão de colaborar para o bem do mundo, mas não podemos deixar de dar a parte que corresponde a “César”, Deus não quer receber o que é de “César”. Por isso, todos os cristãos tem a obrigação moral de colaborar para o bem do mundo: interessando-se pela vida política, ajudando no projeto de conservação da natureza, participando nas associações, iluminando os legisladores para que aprovem leis justas ...

As vezes me parece que tem muitos cristãos que se esquecem disto, o que é muito triste, pois nossa vocação fica mutilada.

Por outro lado, também é verdade que infelizmente muitas pessoas se esquecem completamente que nem tudo pode ser dado a “César”. Existem muitos que vivem somente nas coisas do mundo e consumam toda a vida com a política, com as associações, com a cultura, com o trabalho, com as contas... e alguns até mesmo somente com as coisas fúteis e completamente transitórias. Ninguém deveria esquecer-se que nossa vida humana é muito mais que estas coisas mundanas. O homem perde o sentido da vida quando começa a dar a “César” tudo o que tem, isto é, até mesmo as coisas que são de Deus: nosso louvor, nossa capacidade de amar, nossa vocação, nossa escuta...

Existem pessoas que glorificam a homens, atores, cantores, políticos... correm atrás, os imitam, lhes obedecem, lhes defendem como se fossem deuses, e dão a eles o que somente a Deus pertence. Isto é um grande equívoco: pois eles se transformam em ídolos e os ídolos sempre contaminam e destroem nossas vidas.

Existem pessoas que gastam todo o seu tempo, sua inteligência, suas capacidades somente com coisas do mundo e ao final ainda que muito cansadas estão vazias, pois se dissipam em coisas insignificantes.

Hoje cada um de nós deve perguntar-se: Eu estou dando a César o que é César e a Deus o que é Deus?

Qual poderia ser um critério para não deixar Deus sem a sua parte? Bom, os consagrados decidiram dar a maior parte de suas vidas a Deus, ainda que não devem se esquecer de um mínimo indispensável que também devem dar a “César”. Para os demais cristãos, os leigos, creio que um bom critério é aquele que encontramos na Bíblia: o dízimo, isto é, a décima parte. Todos os que estão no mundo, devem consagrar a Deus ao menos dez por cento de todas as coisas da vida. Ou seja: não somente dez por cento do salário deveria ser destinado para a caridade, para as obras da Igreja, para a evangelização, mas também pelo menos 10% do tempo deve ser destinado a oração, para ir a Igreja, para participar de um grupo eclesial, para estudar a bíblia, para visitar os enfermos, para fazer voluntariado... pelo menos 10% da inteligência deve ser destinada para fazer crescer as obras de Deus ... pelo menos 10% das energias físicas devem ser consumadas no serviço aos demais ... pelo menos 10% de nossa capacidade de amar, devemos dar para aqueles que não são nossos parentes e amigos, isto é, para os pobres, os enfermos, os marginalizados ...

Se fazemos isto, tenho certeza que nossas vidas se transformarão radicalmente. Deus não exige que todos dêem a Ele toda a vida, mas é muito ciumento do seu dizimo: não dar a Deus ao menos 10% de tudo o que temos e somos, é roubar Deus, e por incrível que pareça os únicos prejudicados com esse roubo somos nós mesmos. São esses 10% que darão sentido a nossa vida, que nos permitirão de saber que não somos escravos de “César”.

Ah, meu Deus, ensina-me em primeiro lugar a saber o que é de César e o que é de Deus e dá-me a generosidade de dar a César o que é lhe pertence e a Deus a sua parte.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

domingo, 9 de outubro de 2011

Gotas de Paz - 424

“O rei entrou depois entrou para ver os que estavam sentado a mesa, e fixou num homem que não estava vestido com traje de festa. E lhe disse: Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa? Mas o outro ficou calado. Então o rei disse aos seus servidores: Amarrem suas mãos e seus pés e joguem-no fora nas trevas onde existe somente pranto e ranger de dentes.” Mt 22,11-13.

O Evangelho que este domingo a Igreja nos presenteia é muito significativo e tem um profundo ensinamento para todos nós. Seguramente já escutamos muitas vezes: é a parábola do banquete nupcial do filho do Rei.

Na verdade, a aliança de Deus com o povo de Israel sempre foi comparada com um matrimônio, entre Deus e o seu povo. O ponto alto desse encontro, desse casamento, deveria acontecer com a vinda de Jesus neste mundo. Mas, os judeus em geral não o reconheceram como o messias, como o salvador, como o Filho de Deus, e se recusaram a participar da festa de bodas. Então, Deus diante desta recusa abriu a festa para todas as pessoas de todas as raças, povos, línguas e nações, sem importar a condição social e sem fazer caso do passado, para que com essa gente formasse um novo povo, uma digna esposa para seu Filho: a Igreja. Os missionários de Cristo, são os que vão a todos os lugares e anunciam que Deus está convidando a todas as pessoas para uma aliança, um matrimônio, uma grande e interminável festa.

Porém, nós vimos que quando o rei chega para o banquete percebe que uma pessoa está sem o vestido de festa, o interroga, ele fica calado, e então, o rei o joga fora – não lhe deixa participar da festa, pois não tem o vestido para a ocasião.

Quando eu era menor, para mim era muito estranha essa atitude do rei, me parecia exagerado expulsar alguém somente porque não tinha o vestido adequado. Para compreender isto no modo correto é necessário entender o sentido simbólico do vestido de festa.

O rei pediu a seus empregados que convidassem todos os que encontrassem pelos caminhos, isto é, pobres, estrangeiros, empregados, vendedores, prostitutas, ambulantes, crianças, deficientes ... todos os que estavam ali. Sem exceção, todos os que queriam participar dessa festa: isto é, da Igreja eram convidados. Nenhum era discriminado, era necessário aceitar o convite. Não era importante o passado, mas sim o futuro.

Todos os que aceitavam eram acolhidos e os empregados os preparavam para compreender o que significava participar destas bodas: isto é, esposar-se com Cristo Jesus, o Filho do Rei:

O primeiro era renunciar ao mal, ao pecado, a estar sob o domínio de Satanás, isto é, deveriam abandonar a vida de antes, para viver uma nova vida: a vida de esposado com Deus;

O segundo era aceitar que Jesus era o messias: o filho de Deus, Emanuel, Deus-conosco.

Tendo essas duas coisas: os convidados deveriam ser lavados, isto é batizados, na força do sangue do Cordeiro, para que todos os seus pecados, todas suas dívidas, todas as impurezas, fossem gratuitamente perdoados, pagados e purificados. Era o próprio Esposo que assumia e pagava com o preço de seu sangue, todas as contas de seus convidados. Não importava que antes foram prostitutas, adúlteros, ladrões, idólatras, assassinos, maus.. com a graça do batismo, cada um recebia um vestido branco, o vestido de festa, que significava ser revestido do Espírito Santo.

Este vestido deveria ser conservado sempre limpo, e isto se faz: evitando o pecado.

Existem dois tipos de pecado: os ligeiros ou cotidianos,dos quais não nos livramos nunca completamente, isto é, ainda que os devemos evitar, não se consegue jamais evitá-los totalmente, então necessitamos purificar-nos cada dia com a oração do Senhor: o Pai nosso, que santo Agostinho chamava de batismo cotidiano, e também com algum sacrifícios e com a caridade: as esmolas. Existem os pecados graves ou mortais, que destroem em nós a graça do batismo, isto é, nos fazem perder a veste nupcial, nossa roupa de festa. Estes são os pecados que os cristãos devem evitar com todas as forças, pois eles nos fazem de novo escravos do inimigo.

Agora sim, podemos entender qual é o problema daquele homem que estava sem o traje de festa. Ou era um que não havia feito a preparação para a festa, isto é, que não havia querido renunciar ao mal, ser lavado no batismo e receber a veste nupcial, ou então, era um que a havia perdido, porque retornou a sua vida anterior, isto é, ao pecado, ao domínio de Satanás.

E quando alguém perde a sua graça batismal, já está condenado? Não poderá mais participar na festa? Não! Deus nos dá sempre uma nova oportunidade. Ele nos deixou o sacramento da penitência e reconciliação. Este sacramento, quando o vivemos como um autêntico arrependimento, nos devolve a graça batismal, isto é, nos doa de novo o vestido de festa.

Então, o problema desse homem não era somente o não ter o traje, mas também o ficar calado diante da pergunta: Como entraste aqui sem o traje de festa?

Se ele tivesse confessado, com uma sincera contrição de ter perdido e pedisse por misericórdia de receber outro, seguramente teria participado da festa. Foi seu pecado revestido de orgulho ou maldade que não lhe deram alternativa: foi atado e jogado fora nas trevas.

Seguramente todos hoje devemos perguntar-nos: como está meu traje de festa? O tenho ainda? Ou necessito revestir-me de novo. O certo é que sem este vestido não podemos entrar na festa.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Gotas de Paz - 423

“Por ultimo enviou a seu filho, pensando: Respeitarão o meu filho. Mas os trabalhadores, ao ver o filho, disseram entre si: Esse é o herdeiro, se o matamos nós ficaremos com a sua herança.” Mt 21,37-38.

Este domingo a Igreja nos oferece o Evangelho dos vinhadores assassinos no qual Jesus prevendo o que ia acontecer consigo mesmo faz uma comparação que põe em mal situação os fariseus e doutores da Lei.

De fato vemos que existem dois modos diferentes de entender a mesma coisa: o envio do filho do dono. Seu pai acredita que sendo seu próprio filho os trabalhadores da sua vinha o respeitarão, eles porém crêem que é melhor matar-lo justamente porque é o filho do dono. Essa dupla interpretação nos dá a ocasião de refletir sobre uma das doutrinas mais afirmadas nos últimos tempos: todos tem o direito a ter uma opinião própria.

Sem dúvidas esta é uma afirmação correta e que precisa ser defendida, mas devemos reconhecer que tem também os seus limites.

É verdade que cada um de nós tem um modo particular de ver o mundo e uma sensibilidade diferente, que permite que a convivência humana seja uma experiência muito rica com infinitas possibilidades. Certamente cada um tem uma colaboração especial para a vida, para a cultura e para a felicidade.

Foi Deus que nos fez especiais e irrepetíveis e Ele mais do que ninguém deseja valorizar e defender a maravilha única que somos. Deus, em Jesus Cristo, manifesta um amor de predileção por cada um em particular, e colocou em cada um de nós uma combinação exclusiva de dons para que possamos trabalhar para o bem de todos.

Se somos assim tão especiais, é natural que cada um tenha uma opinião diferente, idéias diversas, propostas dispares. Mesmo assim não podemos nos esquecer que não somos ilhas. O ser humano é profundamente comunitário. Isto é, devemos necessariamente ter pontos comuns. A absolutização do subjetivo não promove o homem, não o valoriza, mas ao contrario o desfigura e o destrói. Necessitamos ter uma base comum sobre a qual cada um oferece sua própria contribuição.

É como ser um escritor: cada um pode escrever coisas muito diferentes: um romance, uma poesia, uma nova teoria, uma homilia, etc, porém tem que ser escrita numa língua comum, e esta tem que ser aprendida, com sua gramática, com as suas regras, com as suas possibilidades.

Todos podem e devem ter suas próprias opiniões, mas antes devem formar a consciência, conhecer os valores, ser capazes de julgar segundo a justiça. Sem isto, ou tendo uma consciência mal formada, podemos ter opiniões que serão absurdas e prejudiciais. Ademais, temos muitas vezes opiniões equivocadas, porque não estávamos vendo muito bem a realidade ou estávamos julgando com preconceitos.

Aqui, nos encontramos com um grande perigo de nossos tempos. Muitos fazem um discurso ingênuo de respeito e de tolerância a todos os tipos de expressões humanas. Somos vítimas da grande ideologia do relativismo. Querem convencer-nos que a verdade não existe, e então não termos parâmetros, e toda opinião pessoal deve ser aceita, sem discutir, sem amadurecer, sem ter que mudar. É a glorificação do egoísmo.

Este caminho é autodestrutivo. Se alguém me diz: eu quero ser um nazista! Naturalmente eu não posso aceita-lo. Devo ajudá-lo a abrir os olhos para que possa descobrir que essa sua opinião é absurda, é injusta e desumana. Ou alguém que me diga: eu quero ser satânico! – tão pouco posso aceita-lo, pois isto é intrinsecamente mau. Ninguém pode aceitar que é uma opinião válida uma idéia que conduz ao mal para os demais.

È por isso que esses trabalhadores do evangelho estão equivocados. Eles não tem o direito de pensar em matar o filho do patrão por causa de seus interesses econômicos. Ninguém tem o direito de tocar na vida de outra pessoa. Esse é um valor que não depende da opinião , que não pode ser decidido pelo voto da maioria.

Existem coisas que não podem ser toleradas como a injustiça, o racismo, o desprezo pelos mais fracos, o assassinato, a violência, a corrupção, o narcotráfico, o terrorismo, a exploração humana, a destruição da natureza…

Senhor Jesus, ajuda-nos a formar bem nossas consciências, ajuda-nos a ter uma opinião própria que colabore para o bem do mundo, ajuda-nos a combater os promotores da ideologias de morte. Ensina-nos a não escolher nada pensando somente a nós mesmos, sem medir as conseqüências também para os demais. Não permita que o egoísmo, a avareza ou o hedonismo endureçam o nossos corações até o ponto de não preocupar-nos do mal que podemos fazer.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

Que São Francisco de Assis nos ajude a ser instrumento de paz !

Salmo do Dia 30/09/2011

Salmo 52

POR que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente.
A tua língua intenta o mal, como uma navalha amolada, traçando enganos.
Tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a retidão. (Selá.)
Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.
Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes. (Selá.)
E os justos o verão, e temerão: e se rirão dele, dizendo:
Eis aqui o homem que não pôs em Deus a sua fortaleza, antes confiou na abundância das suas riquezas, e se fortaleceu na sua maldade.
Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente.
Para sempre te louvarei, porque tu o fizeste, e esperarei no teu nome, porque é bom diante de teus santos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rock Católico

O Rock Católico cresceu muito no Brasil nos últimos 20 anos, sendo uma grande obra de evangelização principalmente no meio jovem. O Rock que originalmente era denominado como “satânico”, nasceu desse meio, e muitas bandas se autodenominam “servos do diabo”. Mas como vi em uma comunidade no Orkut uma vez, o Rock Católico vem colocar a “mão nas fezes” para tirar algo de bom. No caso, vem a tirar os filhos de Deus que estão presos pelas correntes satânicas que muitas vezes são colocadas nesses meios.
            Há algum tempo atrás talvez fosse difícil de imaginar que se pudesse louvar a Deus nesse som pesado, mas hoje nos eventos Católicos sempre tem uma banda no estilo. Exemplos mais conhecidos de bandas de Rock Católico brasileiras são Rosa de Saron, Ceremonya, The Flanders, Via 33, Eterna, dentre outras. Fazendo assim um grande chamado aos jovens a serem de Cristo, e mostra-lhes que para isso não é necessário deixar de curtir o som dele, mas sim mudar o foco da música, passando de ser algo do mal para algo de Deus.
            E muitas pessoas dão testemunhos de terem retornado a Igreja por meio de uma banda que viu/ouviu e curtindo aquele som se identificou e decidiu dar uma chance a Deus. Isso é bonito de se ver, poder louvar a Deus, bendizer Seu santo nome, evangelizar, tudo isso através da música e através do Rock; assim como também em outros estilos, o importante é colocar os dons a serviço do Senhor.

sábado, 24 de setembro de 2011

Gotas de Paz - 422

“Jesus, depois, perguntou: Qual dos dois filhos fez a vontade do Pai?” Mt 21,31

O evangelho deste domingo nos põe diante de uma situação muito comum nos nossos dias: existem muitas pessoas que dão um sim rápido e superficial a Deus e à Igreja, mas depois na vida concreta fazem o contrário e se comportam como se não conhecessem Deus e seus ensinamentos.

Jesus conta uma parábola em que um pai pede aos dois filhos para ir trabalhar na sua vinha: o primeiro disse que não ao pai, mas depois se arrepende e trabalha, o segundo lhe disse sim rapidamente, mas na vinha nunca apareceu. E Jesus então pergunta: Qual dos dois filhos fez a vontade do Pai?

A resposta é clara: é o que efetivamente trabalhou, mesmo que antes tenha dito que não iria. De fato muitas Jesus já nos ensinou que são os frutos concretos que permitem reconhecer se uma árvore é boa ou não, não são as palavras ou as boas intenções. Também nos disse que não são os que dizem: Senhor, Senhor! Que entrarão no reino de Deus, e sim os que cumprem a sua vontade.

Certamente Jesus não está falando aqui do ideal de vida cristã, isto é, do melhor modo de viver-la, que se encontra nas pessoas que dizem sim ao projeto de Deus e de fato o colocam em prática na cotidianidade.

Jesus quer desmascarar tantos que se crêem bons e justos somente porque o dizem ser, somente porque se inventam uma linda imagem diante dos demais. Para Deus não serve o sim inconseqüente. Dizer sim a Deus e depois fazer tudo o contrário é o mesmo que dizer-lhe diretamente: Não! – Não quero te escutar! – não me interessam as tuas propostas! Não desejo que influencies a minha vida!

Isso é muito interessante! A causa de uma cultura geral, ou de um respeito humano, temos medo de dizer diretamente a Deus - Não! – e então lhe dizemos sempre sim, as vezes sem nem pensar no que estamos dizendo ou em suas conseqüências. E é interessante que, não temos medo de enganar-lo, de decepcionar-lo, isto é, de não fazer o que tínhamos dito. Vivemos um grande equivoco que nos faz crer que a palavra não! seria muito mais ofensiva a Deus que o não cumprir o que dissemos. Jesus hoje nos ensina que não podemos continuar com essa mentalidade.

Isto serve também para nossas relações humanas. É uma grande ilusão crer que já tenho méritos por dizer um sim vazio e superficial , se depois este não se transforma em ação concreta. Pois quando dizemos um sim a alguém, se ele confia em nós, geramos nele uma expectativa, ele se programa contando com o que lhe dizemos, e a nossa falta lhe trará uma grande decepção. Seria muito melhor ter escutado um não, pois ao menos teria se organizado num outro modo. Sentir-se enganado por algum é muito pior, que a dor momentânea de escutar um “não”.

Ao contrário, quando alguém nos diz que não, e depois encontra um modo de fazer o que antes se havia negado, nós nos sentimos surpreendidos, e nasce em nossos corações uma grande alegria e uma gratidão.

O mesmo sucede nas nossas relações com Deus . Para ele é inútil nossas belas palavras se depois nossa vida é vazia. O que importa para Deus é que estejamos trabalhando em sua vinha, independente do que dissemos. Ele quer encontrar-nos suados, ele quer ver os calos em nossas mãos, quer contemplar nosso rosto cansado por estar fazendo o bem aos demais, quer admirar-se com nosso amor operoso… E se neste trabalho às vezes caímos ou nos sujamos, ele está disponível para ajudar-nos com sua graça e o seu perdão. Ao contrário, para Deus é insuportável encontrar aqueles que tem sempre belas palavras, que sabem fazer lindos discursos, mas que estão longe da sua vinha, pois preferem a comodidade, o bom vestido, estar bem cheiroso; os que gostam muito mais das pompas e saudações; que não capazes de ver a dor e as necessidades dos demais; que dizem amar muito mas ficam somente na idéia. Esses, talvez, nunca cairão e nem se sujarão, mas igual Deus os desprezará.

É por isso que as prostitutas e os publicanos, que por definição em suas vidas deram um não ao Senhor, mas se arrependidos começam a trabalhar na sua vinha e praticam o bem, serão acolhidos antes que os sacerdotes e os fariseus, que por definição em suas vidas deram um sim ao Senhor, mas tantas vezes estão muito longe da sua vinha, ocupados e preocupados com tantas coisas inúteis.

Irmãos: que nosso sim, seja sim, e que Deus nos encontre trabalhando. Isto é o melhor.

O Senhor te abençoe e te guarde,

O Senhor faça brilhar sobre ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti.

O Senhor mostre o seu olhar carinhoso e te dê a PAZ.

Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Baixistas Cristãos

Salmo 118:27 - O Senhor é Deus, e nos concede a luz; atai a vítima da festa com cordas às pontas do altar.

A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com o baixo de quatro ou cinco cordas te cantarei louvores,louvores,...

Guitarristas Cristãos

"SENHOR, DIGNAI-VOS A NOS SALVAR, E NÓS FAREMOS SOAR A CORDA DE NOSSOS INSTRUMENTOS TODOS OS DIAS DE NOSSA VIDA." (Isa. 38, 20)

Salmo do Dia 23/09/2011

Salmo 142

COM a minha voz clamei ao SENHOR; com a minha voz supliquei ao SENHOR.
Derramei a minha queixa perante a sua face; expus-lhe a minha angústia.
Quando o meu espírito estava angustiado em mim, então conheceste a minha vereda. No caminho em que eu andava, esconderam-me um laço.
Olhei para a minha direita, e vi; mas não havia quem me conhecesse. Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma.
A ti, ó SENHOR, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, e a minha porção na terra dos viventes.
Atende ao meu clamor; porque estou muito abatido. Livra-me dos meus perseguidores; porque são mais fortes do que eu.
Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me fizeste bem.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Descrição Getsêmani

Getsêmani (português brasileiro) ou Getsémani (português europeu) (em grego: ΓεσΘημανι, transl. Gesthēmani; em hebraico: גת שמנים, transl. Gat Shmanim, do aramaico גת שמנא, Gat Shmānê, literalmente "prensa de azeite") é um jardim situado no sopé do Monte das Oliveiras, em Jerusalém (atual Israel), onde acredita-se que Jesus e seus discípulos tenham orado na noite anterior à crucifixão de Jesus. De acordo com o Evangelho segundo Lucas, a angústia de Jesus no Getsêmani foi tão profunda que "seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão."[1] De acordo com a tradição cristã ortodoxa, o Getsêmani também é o local onde os apóstolos enterraram a Virgem Maria.

Etimologia

Getsêmani apareceu no original grego dos Evangelhos (Mateus 26:36 e Marcos 14:32 como Γεθσημανι (Gethsēmani), nome derivado do aramaico גת שמנא (Gaṯ-Shmānê), que significa "prensa de azeite".[2] O Evangelho segundo Marcos (14:32) o chama de chorion, "lugar" ou "propriedade"; já o Evangelho segundo João (18:1) menciona-o como um kepos, "horto" ou "jardim".

Localização

O jardim identificado como Getsêmani se localiza ao pé do Monte das Oliveiras,[2] no vale do Cédron. Diante do jardim está a Igreja de Todas as Nações, também conhecida como Igreja da Agonia, construída no sítio de uma igreja destruída em 614 pelos sassânidas, e que posteriormente foi reconstruída pelos cruzados e destruída novamente em 1219. Nas proximidades se encontra a Igreja Ortodoxa Russa de Santa Maria Madalena, com suas torres bulbosas douradas, no estilo russo-bizantino, construída pelo czar Alexandre III da Rússia em memória de sua mãe.

Peregrinação

O jardim de Getsêmani foi um ponto focal para os primeiros peregrinos cristãos. Foi visitado em 333 pelo anônimo dito 'Peregrino de Bordeaux', cujo Itinerarium Burdigalense é a primeira descrição deixada por um viajante cristão da Terra Santa, e em seu Onomasticon Eusébio de Cesaréia nota que o sítio do Getsêmani se localiza "aos pés do Monte das Oliveiras", e acrescenta que "os fiéis costumavam ir lá para rezar."

Referências

  • Mateus 26:36
  • Marcos 14:32
  • Lucas 22:39
  • João 18:1 

    terça-feira, 20 de setembro de 2011

    Salmo do dia 20/09/11

    Salmo 100

    CELEBRAI com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
    Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto.
    Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.
    Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.
    Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.

    segunda-feira, 19 de setembro de 2011

    Grupo de Oração dia 18/09/2011

    O Grupo de Oração do dia 18/09/2011 abordou o Tema: Maria mãe de Jesus e Nossa Mãe e teve a animação do Ministério de Música Ghetsemani. Confira abaixo as fotos dessa noite de louvor.

    Montando o Som

    Ainda Montando o Som

    Passando o Som

    Ensaiando

    Ensaiando

    Ensaiando

    Chamando a galera para iniciar o Grupo

    Mais uma música só para garantir

    Conversando com o Pregador e acertando os últimos detalhes.

    Abertura Música: Sono Profundo

    Abertura Música: Sono Profundo

     Convidando os Jovens para invocar a Santíssima Trindade.

     Animação Música: Porque ele Vive

    Animação Música: O Senhor é Rei

    Pregação

    Pregação com momento acústico.

    Da esquerda para Direita: Cleverson (Nego), Jean, Priscila, Rafael e Eder

    Ministério Ghetsemani.
    "Levando a palavra de Deus através do Rock Cristão"


    Agradecemos a presença, Deus abençoe a todos e até a próxima se assim o Nosso Senhor Permitir.

    terça-feira, 13 de setembro de 2011

    Salmo do Dia 13/09/11

    Salmo 119

    BEM-AVENTURADOS os retos em seus caminhos, que andam na lei do SENHOR.
    Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração.
    E não praticam iniqüidade, mas andam nos seus caminhos.
    Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
    Quem dera que os meus caminhos fossem dirigidos a observar os teus mandamentos.
    Então não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
    Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos.
    Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.
    Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.
    Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos.
    Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.
    Bendito és tu, ó SENHOR; ensina-me os teus estatutos.
    Com os meus lábios declarei todos os juízos da tua boca.
    Folguei tanto no caminho dos teus testemunhos, como em todas as riquezas.
    Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito aos teus caminhos.
    Recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.
    Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra.
    Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.
    Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.
    A minha alma está quebrantada de desejar os teus juízos em todo o tempo.
    Tu repreendeste asperamente os soberbos que são amaldiçoados, que se desviam dos teus mandamentos.
    Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois guardei os teus testemunhos.
    Príncipes também se assentaram, e falaram contra mim, mas o teu servo meditou nos teus estatutos.
    Também os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros.
    A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.
    Eu te contei os meus caminhos, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos.
    Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim falarei das tuas maravilhas.
    A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.
    Desvia de mim o caminho da falsidade, e concede-me piedosamente a tua lei.
    Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus juízos.
    Apego-me aos teus testemunhos; ó SENHOR, não me confundas.
    Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.
    Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim.
    Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração.
    Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer.
    Inclina o meu coração aos teus testemunhos, e não à cobiça.
    Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.
    Confirma a tua palavra ao teu servo, que é dedicado ao teu temor.
    Desvia de mim o opróbrio que temo, pois os teus juízos são bons.
    Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-me na tua justiça.
    Venham sobre mim também as tuas misericórdias, ó SENHOR, e a tua salvação segundo a tua palavra.
    Assim terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.
    E não tires totalmente a palavra de verdade da minha boca, pois tenho esperado nos teus juízos.
    Assim observarei de contínuo a tua lei para sempre e eternamente.
    E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos.
    Também falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.
    E recrear-me-ei em teus mandamentos, que tenho amado.
    Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amei, e meditarei nos teus estatutos.
    Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.
    Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a tua palavra me vivificou.
    Os soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei.
    Lembrei-me dos teus juízos antiqüíssimos, ó SENHOR, e assim me consolei.
    Grande indignação se apoderou de mim por causa dos ímpios que abandonam a tua lei.
    Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha peregrinação.
    Lembrei-me do teu nome, ó SENHOR, de noite, e observei a tua lei.
    Isto fiz eu, porque guardei os teus mandamentos.
    O SENHOR é a minha porção; eu disse que observaria as tuas palavras.
    Roguei deveras o teu favor com todo o meu coração; tem piedade de mim, segundo a tua palavra.
    Considerei os meus caminhos, e voltei os meus pés para os teus testemunhos.
    Apressei-me, e não me detive, a observar os teus mandamentos.
    Bandos de ímpios me despojaram, mas eu não me esqueci da tua lei.
    À meia noite me levantarei para te louvar, pelos teus justos juízos.
    Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos.
    A terra, ó SENHOR, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos.
    Fizeste bem ao teu servo, SENHOR, segundo a tua palavra.
    Ensina-me bom juízo e ciência, pois cri nos teus mandamentos.
    Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra.
    Tu és bom e fazes bem; ensina-me os teus estatutos.
    Os soberbos forjaram mentiras contra mim; mas eu com todo o meu coração guardarei os teus preceitos.
    Engrossa-se-lhes o coração como gordura, mas eu me recreio na tua lei.
    Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
    Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro ou prata.
    As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me inteligência para entender os teus mandamentos.
    Os que te temem alegraram-se quando me viram, porque tenho esperado na tua palavra.
    Bem sei eu, ó SENHOR, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste.
    Sirva pois a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.
    Venham sobre mim as tuas misericórdias, para que viva, pois a tua lei é a minha delícia.
    Confundam-se os soberbos, pois me trataram duma maneira perversa, sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.
    Voltem-se para mim os que te temem, e aqueles que têm conhecido os teus testemunhos.
    Seja reto o meu coração nos teus estatutos, para que não seja confundido.
    Desfalece a minha alma pela tua salvação, mas espero na tua palavra.
    Os meus olhos desfalecem pela tua palavra; entrementes dizia: Quando me consolarás tu?
    Pois estou como odre na fumaça; contudo não me esqueço dos teus estatutos.
    Quantos serão os dias do teu servo? Quando me farás justiça contra os que me perseguem?
    Os soberbos me cavaram covas, o que não é conforme a tua lei.
    Todos os teus mandamentos são verdade. Com mentiras me perseguem; ajuda-me.
    Quase que me têm consumido sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos.
    Vivifica-me segundo a tua benignidade; assim guardarei o testemunho da tua boca.
    Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu.
    A tua fidelidade dura de geração em geração; tu firmaste a terra, e ela permanece firme.
    Eles continuam até ao dia de hoje, segundo as tuas ordenações; porque todos são teus servos.
    Se a tua lei não fora toda a minha recreação, há muito que pereceria na minha aflição.
    Nunca me esquecerei dos teus preceitos; pois por eles me tens vivificado.
    Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.
    Os ímpios me esperam para me destruírem, mas eu considerarei os teus testemunhos.
    Tenho visto fim a toda a perfeição, mas o teu mandamento é amplíssimo.
    Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.
    Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois estão sempre comigo.
    Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.
    0 Entendo mais do que os antigos; porque guardo os teus preceitos.
    1 Desviei os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua palavra.
    2 Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ensinaste.
    3 Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca.
    4 Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso caminho.
    5 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
    6 Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.
    7 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua palavra.
    8 Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó SENHOR; ensina-me os teus juízos.
    9 A minha alma está de contínuo nas minhas mãos; todavia não me esqueço da tua lei.
    0 Os ímpios me armaram laço; contudo não me desviei dos teus preceitos.
    1 Os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são o gozo do meu coração.
    2 Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até ao fim.
    3 Odeio os pensamentos vãos, mas amo a tua lei.
    4 Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.
    5 Apartai-vos de mim, malfeitores, pois guardarei os mandamentos do meu Deus.
    6 Sustenta-me conforme a tua palavra, para que viva, e não me deixes envergonhado da minha esperança.
    7 Sustenta-me, e serei salvo, e de contínuo terei respeito aos teus estatutos.
    8 Tu tens pisado aos pés todos os que se desviam dos teus estatutos, pois o engano deles é falsidade.
    9 Tu tiraste da terra todos os ímpios, como a escória, por isso amo os teus testemunhos.
    0 O meu corpo se arrepiou com temor de ti, e temi os teus juízos.
    1 Fiz juízo e justiça; não me entregues aos meus opressores.
    2 Fica por fiador do teu servo para o bem; não deixes que os soberbos me oprimam.
    3 Os meus olhos desfaleceram pela tua salvação e pela promessa da tua justiça.
    4 Usa com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me os teus estatutos.
    5 Sou teu servo; dá-me inteligência, para entender os teus testemunhos.
    6 Já é tempo de operares, ó SENHOR, pois eles têm quebrantado a tua lei.
    7 Por isso amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino.
    8 Por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como retos, e odeio toda falsa vereda.
    9 Maravilhosos são os teus testemunhos; portanto, a minha alma os guarda.
    0 A entrada das tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices.
    1 Abri a minha boca, e respirei, pois que desejei os teus mandamentos.
    2 Olha para mim, e tem piedade de mim, conforme usas com os que amam o teu nome.
    3 Ordena os meus passos na tua palavra, e não se apodere de mim iniqüidade alguma.
    4 Livra-me da opressão do homem; assim guardarei os teus preceitos.
    5 Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e ensina-me os teus estatutos.
    6 Rios de águas correm dos meus olhos, porque não guardam a tua lei.
    7 Justo és, ó SENHOR, e retos são os teus juízos.
    8 Os teus testemunhos que ordenaste são retos e muito fiéis.
    9 O meu zelo me consumiu, porque os meus inimigos se esqueceram da tua palavra.
    0 A tua palavra é muito pura; portanto, o teu servo a ama.
    1 Pequeno sou e desprezado, porém não me esqueço dos teus mandamentos.
    2 A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.
    3 Aflição e angústia se apoderam de mim; contudo os teus mandamentos são o meu prazer.
    4 A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei.
    5 Clamei de todo o meu coração; escuta-me, SENHOR, e guardarei os teus estatutos.
    6 A ti te invoquei; salva-me, e guardarei os teus testemunhos.
    7 Antecipei o cair da noite, e clamei; esperei na tua palavra.
    8 Os meus olhos anteciparam as vigílias da noite, para meditar na tua palavra.
    9 Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó SENHOR, segundo o teu juízo.
    0 Aproximam-se os que se dão a maus tratos; afastam-se da tua lei.
    1 Tu estás perto, ó SENHOR, e todos os teus mandamentos são a verdade.
    2 Acerca dos teus testemunhos soube, desde a antiguidade, que tu os fundaste para sempre.
    3 Olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueci da tua lei.
    4 Pleiteia a minha causa, e livra-me; vivifica-me segundo a tua palavra.
    5 A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.
    6 Muitas são, ó SENHOR, as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos.
    7 Muitos são os meus perseguidores e os meus inimigos; mas não me desvio dos teus testemunhos.
    8 Vi os transgressores, e me afligi, porque não observam a tua palavra.
    9 Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua benignidade.
    0 A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.
    1 Príncipes me perseguiram sem causa, mas o meu coração temeu a tua palavra.
    2 Folgo com a tua palavra, como aquele que acha um grande despojo.
    3 Abomino e odeio a mentira; mas amo a tua lei.
    4 Sete vezes no dia te louvo pelos juízos da tua justiça.
    5 Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.
    6 SENHOR, tenho esperado na tua salvação, e tenho cumprido os teus mandamentos.
    7 A minha alma tem observado os teus testemunhos; amo-os excessivamente.
    8 Tenho observado os teus preceitos, e os teus testemunhos, porque todos os meus caminhos estão diante de ti.
    9 Chegue a ti o meu clamor, ó SENHOR; dá-me entendimento conforme a tua palavra.
    0 Chegue a minha súplica perante a tua face; livra-me segundo a tua palavra.
    1 Os meus lábios proferiram o louvor, quando me ensinaste os teus estatutos.
    2 A minha língua falará da tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justiça.
    3 Venha a tua mão socorrer-me, pois escolhi os teus preceitos.
    4 Tenho desejado a tua salvação, ó SENHOR; a tua lei é todo o meu prazer.
    5 Viva a minha alma, e louvar-te-á; ajudem-me os teus juízos.
    6 Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.